14 a 18 de novembro de 2012 - UFRGS - Porto Alegre/RS
Sob o tema central “Saúde é Desenvolvimento: Ciência para a Cidadania”, o 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva reunirá docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde, movimentos sociais, lideranças da Saúde Coletiva e todos aqueles interessados no debate, reflexão e enfrentamento dos desafios teóricos e práticos do campo.
A metodologia e o processo de construção do ABRASCÃO 2012 fortalecem a participação plural, interdisciplinar e transetorial que caracteriza a Saúde Coletiva. A programação científica privilegia os trabalhos inscritos no Congresso e as propostas de atividades das Comissões, Grupos Temáticos e Fóruns da Associação Brasileira de Saúde Coletiva.
Contudo, para o sucesso deste esforço também se somam instituições e entidades locais, nacionais e internacionais, acadêmicas e de pesquisas, governamentais e não governamentais, da gestão e de movimentos sociais com a perspectiva de participação, de cooperação técnica e de colaboração intersetorial.
As Comissões Nacionais e Locais de Organização e Científica estão compostas por um amplo conjunto de associados e apoiadores, que serão responsáveis pela avaliação e seleção dos trabalhos inscritos, da estruturação da programação científica e estrutura logística para o melhor desenvolvimento deste evento.
Em 2012, além das atividades nos dias 12 e 13 de novembro, que acontecerão em diferentes municípios, no dia 14 de novembro ocorrerá o III Mini-congresso de reorganização e revisão de Estatuto da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e uma Assembléia Geral Extraordinária. No dia 15 de novembro, serão realizados os cursos, as oficinas e a solenidade de abertura oficial do Congresso.
De 16 a 18 de novembro de 2012 se desenvolverão as Conferências, Mesas Redondas, Grandes Debates, Painéis, Palestras e a apresentação de trabalhos nas modalidades: Comunicações Coordenadas e Pôsteres Eletrônicos, incluindo intervenções criativas. Parte das Comunicações Coordenadas está destinada exclusivamente para a ABRASCO Jovem, facilitando a divulgação da produção científica e o intercâmbio de alunos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
A programação cultural se insere no contexto da programação científica, incluindo suas inovações, com o objetivo de propiciar a todos os participantes um excelente Congresso, com muito proveito social, cultural e acadêmico.
OS DESAFIOS EM DEBATE NO 10º Congresso BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA
O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira concebeu o Sistema Único de Saúde (SUS) como a estratégia setorial de um projeto de democratização da sociedade, que visava a permitir que todos tivessem qualidade de vida e boas condições de saúde.
A estreita articulação do movimento sanitário com a luta por democracia, nos anos 80, foi vital para as conquistas jurídico-institucionais, expressas na inclusão do direito à saúde na Constituição e nas leis orgânicas da saúde e na instituição do comando único, com a extinção do INAMPS.
Passados mais de 20 anos, apesar dos significativos avanços, o SUS está longe de ser o que se propunha. E mais: se a democracia político-institucional se consolidou no Brasil, a democracia social – que garante a todos a mesma igualdade de oportunidades – é ainda um sonho.
Como é impossível ter um SUS efetivamente universal e igualitário, sem uma democracia substantiva, a recente retomada do crescimento econômico do país, associada a alguma redução de desigualdades, pode representar uma rara oportunidade histórica.
Neste sentido, o atual momento está a exigir da comunidade acadêmica da Saúde Coletiva a retomada das reflexões sobre a relação entre saúde e sociedade. Se o mote da Reforma Sanitária Brasileira, nos seus primórdios, foi saúde e democracia, hoje, talvez deva ser saúde é desenvolvimento.
O Brasil cresce e melhora relativamente a distribuição de sua renda. Mas que tipo de desenvolvimento se está promovendo? E onde se situa a saúde nesse processo? O debate sobre tais questões pode revelar a contribuição do setor da saúde para um desenvolvimento que diminua as desigualdades e assegure às gerações futuras condições de bem viver.
A ciência de alta qualidade que a Saúde Coletiva produz pode colaborar para o amadurecimento dessa discussão, ao ponto de levar a que propostas relativas ao financiamento adequado do SUS e à superação da relação predatória do setor privado com o setor público, por exemplo, ganhem apoio e mobilizem uma ampla aliança política entre setores da sociedade interessados em viver em uma nação rica e desenvolvida, em que a cidadania é para todos.
A Abrasco convoca, então, os pesquisadores, os profissionais, os trabalhadores e os estudantes da Saúde Coletiva a participar desse debate e dessa luta, esperando encontrar a todos no seu 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva.
http://saudecoletiva2012.com.br/programacao_bd.asp
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