quinta-feira, 31 de janeiro de 2013


2ª Jornada de Formação Política do Círculo Palmarino.


Curso: AS BASES ESTRUTURAIS DO GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO NEGRA: FAXINA ÉTNICA

23 de fevereiro e 2 de março

Este curso faz parte da Campanha Contra a Faxina Étnica do Povo Negro organizado pelo Círculo Palmarino, corrente nacional do movimento negro, com apoio do Fundo Brasil de Direitos Humanos.

A formação é um espaço aberto para militantes, ativistas e simpatizantes da causa que tenham o interesse de aprofundar o conhecimento nas bases que compõe a formação da sociedade Brasileira e como ela reflete nos dias atuais através de um projeto de segregação e profundas desigualdades que atinge diretamente a população negra.

O Círculo Palmarino é uma entidade preocupada com a Batalha das Idéias e que vê a formação como um instrumento indispensável e continuo para o empoderamento do nosso povo e para as transformações necessárias.

Essa etapa será realizada no Estado de São Paulo mais também teremos formação nos seguintes Estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe.

Informamos que o curso acontecerá em dois dias, sendo o primeiro no dia 23 de fevereiro, sábado, das 8h30 ás 18h30 na sede nacional do Círculo Palmarino em Embu das Artes e o segundo encontro será no dia 2 de março, sábado, das 8h30 as 18h30 no Centro da Cidade de São Paulo em local a confirmar.

No Ato da Inscrição você poderá optar por participar dos dois encontros ou apenas de um deles.

Faça sua inscrição: http://contrafaxinaetnica.com.br/?p=89

Veja a programação completa e as referências bibliográficas:http://contrafaxinaetnica.com.br/?p=86
 — com Novembro Negrooutras 3 pessoas.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FSM Temático Porto Alegre 2013 - Democracia, Cidades e Desenvolvimento Sustentável.

FSM Temático Porto Alegre 2013 - Democracia, Cidades e Desenvolvimento Sustentável.
Atividades dos Pontos de Cultura e das Culturas Populares e Tradicionais no Mundo da Cultura
Acampamento da Juventude, Usina e Economia Solidária

ATIVIDADES
- I Encontro Nacional de Pontos de Leitura e Bibliotecas Publicas e Comunitárias

- Encontro de Pontos de Memória e Museus Comunitários
- Fórum Nacional das Culturas Populares e Tradicionais
- Apresentações artístico-culturais dos Pontos de Cultura do RS, SC e PR, Mestres, Griôs e Indígenas, Painéis e oficinas

Responsabilidade Social dos participantes - Campanha – Arrecadação de gibis para a SASEF


Programação
Sábado, 26 de janeiro:
Pela manhã – Recepção e credenciamento
11h - Chegança e apresentação dos Pontos e compartilhamento da dinâmica geral do encontro
14h – Apresentação da Rede e do Fórum – formas de organização dos movimentos de culturas populares e tradicionais
15h30 - Vídeo "Seres da Mata e Sua Vida,Pessoas" produzido pelo Núcleo de Politicas Públicas para Povos Indígenas da Prefeitura de Porto Alegre e protagonizado pelo Vherá Poty (jovem cacique guarani da Aldeia de Itapuã) que foi p Show no Palco da economia Solidária premiado esse ano pela Associação Brasileira de Antropologia - duração 25 min
16h – Mestra Griô Sirley Amaro e Griôs – “Marchinhas da minha juventude”, Ponto de Cultura Voluntário”Vitória-Régia”,Porto Alegre,RS
17h - Mestre João Máximo e Duda Máximo - Mãe Preta – Mãe África, Ponto de Cultura Associação de Capoeira Angola Palmares do Sul: A Capoeira e o Teatro, Canoas/RS
18h - Marcoliva e Tatiana Cobbett - ATRETA - Aprenda Todas as Regras E Transgrida Algumas, do Ponto de Cultura Carijó Espaço e Arte, Floripa/SC
16h30 – Marcha de abertura até o anfiteatro Pôr-do-sol
17h30 – Show de abertura
20h - Abertura do I Fórum Nacional dos Pontos de Cultura e Bibliotecas Comunitárias – criação comissão Regimento Interno e sistematização Pontos de Leitura
20h30 - Lançamento e autógrafo do Livro - Colheita em Tempos de Seca, Cultivando pedagogias de vida por comunidades sustentáveis, por Dan Baron-Arteducador, escritor, ativista cultural na Amazônia, do Instituto Transformance e da Assembleia de Cultura e Educação Transformadoras do Conselho Internacional do FSM, Marabá/PA

Domingo, 27 de janeiro:
9h – Dinâmica 1 – Dança Circular Sagrada, com a facilitação da Tuxaua Déa Melo,Belém,PA
9h30 – Formação coletiva mesa 1 - Uma proposta de cidade Criativa e Sustentável para o bem-viver, nas áreas de Gestão, Cultura e Educação, Inovação e Tecnologia,Cultura e Criação,Comunicação cultural e humanizadora e Sociobiodiversidade, Cultura,Saúde, Educação biocêntrica – o afeto como vivência e diálogo
14h – Formação específica: 1 - oficinas Prêmio Culturas Indígenas, Prêmio Culturas Populares e Realizadores Negros

2 – Roda de Conversa- A Diversidade da Leitura - Palestrantes:

Segunda-feira, 28 de janeiro:
9h – Dinâmica 2 –Cantigas de rodas-Ponto de Cultura CEPIAC, Londrina/PR
9h30min – Formação coletiva 2 – Gestão Cultural
12h - Coleção ÍNDIOS NA VISÃO DOS ÍNDIOS que é resultado das ações do Ponto de Cultura THYDEWA - Formação, Ponto de Mídia livre Remixado com ponto de Memória, com protagonismo da juventude – Pontinho Ludicidade
Sebastián Gerlic - Presidente da THYDEWA
Atividade 1- 13h - Passeio turístico-cultural-Saída para o LombaTur – Ponto de Memória e Museu Comunitário Lomba do Pinheiro
Atividade 2 –14h - Painel – Cultura e Economia Viva e Solidária para um bem-viver planetário eCartografia de Redes
Mestra e Tuxáua Marly Cuesta- apresentação Proj. Bússola Cultura do Prêmio Tuxáua 2010 -Formação em ecosol/gestão e Mapeamento da ecosol nos Pontos de Cultura do Brasil- Meta 3 do PNC- Plano Nacional de Cultura
17h – Show do Fórum – Usina do Gasômetro – Coral Mbyá Guarani (POA/RS) e “Quem inventou a Roda”,Ponto de Cultura Vivenciando Cultura, CEPIAC Londrina, PR)
18h –Visita à Feira da Economia Solidária da Cultura na Usina do Gasômetro.
20h – Tenda no Audiovisual – vídeo – debate sobre histórias de vida de pessoas que moram em áreas rurais, do ponto de Cultura Rural, Bom Jardim,RJ

terça-feira, 29 de janeiro:
9h – Dinâmica 3 - Dinâmica Indígena
9h30 – Formação coletiva 3
1 - Cultura e Educação Transformadoras – roda dialógica sobre o papel da cultura viva comunitária no cultivo de cidades sustentáveis a partir da Amazônia,com Dan Baron, Arteducador, escritor, ativista cultural na Amazônia, do Instituto Transformance e da Assembleia de Cultura e Educação Transformadoras do Conselho Internacional do FSM, Marabá/PA
2 – Educação indígena,com Tuxáua Andila Inácio Belfert, Cacique Augusto da Silva e Prof. Ind. LorecirFerreira
Mediação: Rosa Maris Rosado,Coord.Núcleo Políticas Públicas para Povos Indígenas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre
14h –Formação específica 2- Tenda dos Pontos de Leitura/cultura/memória-1 - Roda de Memórias – Saberes, Fazeres e Sabores do Mundocom Mestres, Griôs e Indígenas

2. Patrimônio Popular - mesa redonda sobre museus comunitários, ecomuseus, museus de rua e Pontos de Memória
18h – Show do Fórum no palco do Acampamento da Juventude - “Quem inventou a Roda”,Ponto de Cultura Vivenciando Cultura, CEPIAC Londrina, PR) e ATRETA - Aprenda Todas as Regras E Transgrida Algumas-Ponto de Cultura Carijó Espaço e Arte,por Marcoliva e Tatiana Cobbett, Floripa/SC

quarta-feira, 30 de janeiro:
9h – Dinâmica 4 –Pontos de Leitura- Marly Cuesta,Vera Lucia de Oliveira, Ritam Stam, Ana Paula Santiago, Adriana Izidoro, Claudio Marcio Paolino, Ana Paula Santana, Sebastián Gerlic,
9h30 – Formação coletiva 4 – Roda de conversa Pontos,Culturas Populares e Tradicionais,Autoridades e convidados:
Culturas Populares e Tradicionais
Pontos de Leitura e Bibliotecas Públicas e Comunitárias,
Pontos de Memória e Museus Comunitários
Ministério da Cultura,
Fundação Biblioteca Nacional,
Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Secretaria de Cultura Porto Alegre,
Secretaria de Cultura de Santa Maria,
Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre,RS-Plano Municipal de Cultura

Programações/eventos pela leitura, pela literatura e pelo livro – Câmara Rio-Grandense do Livro
Bibliotecas Comunitárias – Cirandar
Autoridades e convidados
14h – Continuação Roda de conversa com autoridades e convidados
16h30min - Abertura Oficial – participantes/autoridades/convidados
Degustação dos Vinhosartesanais Fornasier de Pinto Bandeira-Bento Gonçalves e s sabores dos mestres e griôs.
17h30min – Show do Fórum – Anfiteatro Pôr-do-sol – “Ancestral-idade de Gerações”, com Mestres e Griôs e Mestre Chico e griôs

quinta-feira, 31 de janeiro:
9h – Passeio literário ao Ponto de Leitura Clarise Pacheco, Centro Social Pe. Pedro Leonardi, Restinga Velha
14h – Formação específica 5 – Criação de documentos finais
18h – Encerramento
OFICINAS todos os dias na Tenda dos Pontos – Acampamento da Juventude
  1. Grafismo Indígena Kaingang – Nossas raízes
Oficina: Construindo histórias com tangran por Vera Lucia Dias de Oliveira-Kit contagiar
  1. Oficinas e exposição de arte com recursos naturais-Jéssica Dondoni - ATELIER DO AGAVE

Dia 29 – 13h - Luau das TROCAS Solidárias – Vamos trocar tudo que pudermos e comentar o artigo Comprar ou trocar: repensando o consumo (Christiane Telles/Mercado Ético)
“Me pego agora lembrando da infância e de como era legal trocar figurinhas. Um ajudando ao outro a preencher o álbum. Um belo exemplo de cooperação e solidariedade, né? Mesmo que a motivação não fosse necessariamente a ajuda e sim o entusiasmo de conseguir todas as figuras!”

Brasil de Fato o Jornal dos movimentos sociais e da classe trabalhadora completa 10 anos

Dez anos de teimosia!
 
Até agora resistimos teimosamente. Porém estamos longe de nosso sonho, de atuar de maneira mais incisiva na formação da classe trabalhadora e na luta ideológica da sociedade brasileira
23/01/2013
Editoral de comemoração dos 10 anos do Brasil de Fato
O nosso jornal está completando – dia 25 de janeiro – dez anos de atividades ininterruptas. Todas as semanas, disciplinadamente, sem nenhuma falha, o jornal foi para as bancas, para os nossos assinantes, para os cursos de formação e disponibilizado em nossa página na internet.
Sobreviver dez anos, como imprensa popular, comprometida com a classe trabalhadora e a visão de esquerda da luta de classes, é, sem dúvida, uma vitória. Um feito fantástico em qualquer país do mundo, ainda mais em tempos de neoliberalismo, hegemonia do capital financeiro e internacional, refluxo do movimento de massas e derrota ideológica das diversas correntes de esquerda na década de 1990.
Sobreviver, aqui no Brasil, é um feito ainda maior. A sociedade brasileira está fundada em graves injustiças histórico-estruturais, que determinam sua condição de desigualdade social e econômica, injustiças sociais, pobreza material e cultural, violência social, ausência de direitos públicos e uma democracia burguesa capenga e hipócrita, que nega os principais direitos humanos e oportunidades à imensa maioria dos seus cidadãos.
Esses problemas estruturais se caracterizam pela concentração da propriedade da terra e dos bens da natureza (minérios, florestas, água, energia). Concentração da riqueza acumulada por uma minoria ao longo de 500 anos. Concentração da renda, pelas graves distorções que ainda temos ao distribuir a produção entre trabalho e capital. Concentração do patrimônio das cidades, em que uma minoria controla os melhores edifícios, condomínios, o transporte público e os espaços da cidade. Ou seja, negam o direito da ampla maioria da população ter moradia digna e conviver democraticamente na cidade.
A educação como um direito fundamental ao conhecimento, se universalizou no ensino fundamental, mas mantém 14 milhões de adultos analfabetos. E abre as portas da universidade para apenas 10% de nossa juventude.
Nossos empregos têm aumentado, porém cada vez mais precarizados nos direitos trabalhistas. Nos envergonha sermos o país de maior número de empregados domésticos, sendo que 80% deles não têm direitos sociais e previdenciários.
A democracia é capenga e se resume ao direito do povo votar. E o Estado todo poderoso continua sendo “pai e mãe” dos ricos, que o utilizam para manter privilégios e acessar recursos públicos na sua acumulação de riqueza, que destina todo ano quase 30% de toda arrecadação pública para pagamento de juros aos banqueiros. E, entre essas mazelas, a concentração da propriedade e do direito a comunicação de massa por apenas sete grupos econômicos, transformou a mídia brasileira num verdadeiro partido de dominação ideológica burguesa na sociedade. Alem de fonte de acumulação de capital.
Foi nessas circunstâncias que o Brasil de Fato sobreviveu dez anos. Um feito heróico, que somente foi possível porque ao longo desses anos conseguimos manter uma linha editorial fiel à classe trabalhadora, sem cair no adesismo governamental ou no sectarismo esquerdista, do estilo “todos estão errados, menos nós”!
Sobrevivemos graças à fidelidade aos movimentos sociais, populares e sindicais, que lhe deram sustentação política, organizacional e que o utilizaram como instrumento de luta ideológica.
Sobrevivemos graças aos milhares de militantes sociais esparramados pelo país, que de forma voluntaria, aqui e acolá, o carregam e o utilizam.
Sobrevivemos graças a um coletivo de profissionais do jornalismo, em várias áreas, que de forma militante, abnegada, sacrificada, colocou seu trabalho e sua sabedoria a serviço dos trabalhadores, enfrentando todo tipo de dificuldades.
Enfim, tivemos muitos problemas e muitas pequenas vitórias. Mas a maior delas é ter sobrevivido, por dez anos.
Nossos desafios
Até agora resistimos teimosamente. Porém estamos longe de nosso sonho, de atuar de maneira mais incisiva na formação da classe trabalhadora e na luta ideológica da sociedade brasileira. Sonhávamos com tiragens massivas semanais, disputar nas bancas e até transformar-se em diário. Não conseguimos. Fomos boicotados de todas as formas. Enfrentamos a luta de classes na prática, com boicote de distribuição, de publicidade e de difusão. Mas sofremos, sobretudo, pelo longo período histórico de apatia das massas e do refluxo das mobilizações populares, que poderiam ter retomado com as vitórias eleitorais antineoliberais. Nos enganamos! Ainda estamos longe do reascenso.
Procuramos fazer edições especiais, massivas, temáticas ou em disputas políticas contundentes. E nisso chegamos a ter edições de mais de um milhão de exemplares, que é um feito para qualquer veiculo de comunicação impresso.
Mas não podemos “chorar o leite derramado”, como se diz no interior. Precisamos redobrar os esforços, aglutinar mais energias e pensar o jornal para os próximos dez anos. Em dezembro passado realizamos uma reunião de balanço, com todas as forças populares que sustentam o jornal. Decidimos fazer vários ajustes. Entre eles, articular mais as nossas energias entre o jornal impresso semanal, a página na internet e a RadioagênciaNP, que passa a se chamar Radioagência Brasil de Fato. Devemos impulsionar de forma mais sistemática o boletim semanal de notícias, enviado pela internet para mais de cem mil pessoas, a maioria militantes e formadores de opinião. Também precisamos ter mais correspondentes nos estados e mais colados às necessidades comunicacionais dos movimentos sociais.
Planejamos também dar um salto de qualidade, com um novo projeto gráfico a partir de março, com o formato de tabloide germânico. Também vamos construir coletivamente, com todas as forças populares que se interessarem, edição regional do Brasil de Fato, massiva, semanal, em formato tabloide, para ser distribuído gratuitamente nos centros de aglomeração de trabalhadores, como metrô, central de ônibus, trens e nas aglomerações da juventude trabalhadora das grandes cidades. Esperamos que esse projeto se concretize ainda neste primeiro semestre em algumas capitais brasileiras.
Temos certeza que, apesar de todas as dificuldades, poderemos superá-las, avançar para que os meios de comunicação articulados ao redor do Brasil de Fato tenham vida longa, e possamos comemorar no futuro, vinte, trinta anos de atividades.
Um grande abraço a cada um e a todos e todas que nesses dez anos, se envolveram de alguma forma, com o projeto. Ele somente foi possível, graças à teimosia de vocês.
Longa vida ao Brasil de Fato.
 
Brasil de Fato - Uma visão Popular do Brasil e do Mundo
http://www.brasildefato.com.br/

Peça a ficha de assinatura no e-mail: ccpbdf@gmail.com

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa


As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?
Mahatma Gandhi



Vídeo e Música dedicada ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa  (21 de janeiro). 

A informação segue com atrazo mas pode ser útil pra quem trabalha diretamente com estas questões nas lidas de Educação Popular em Saúde.



Deus não tem religião.
Mahatma Gandhi

Escolarizando o Mundo


O filme Escolarizando o Mundo: o último fardo do homem branco

O trailer do filme pode ser acessado via este link do you tube:



O  filme, traz um questionamento sobre o papel da escola na ocidentalização do mundo, é uma boa provocação. 

Oficinas para criadores e produtores negros na região sul





TODO SER VIVO MERECE SER CUIDADO...


VIDA E MORTE: LIDANDO COM O LUTO


Superar não é esquecer.
 Significa aceitar e continuar a viver


A morte está presente na vida de todos nós, para alguns mais cedo, para outros, de modo mais trágico, e para os privilegiados, de forma a corresponder com os grandes ciclos naturais da vida. Embora parte da vida, a morte é vista em nossa sociedade como algo a ser evitado, postergado, como se morrer fosse adversário do processo de viver.
Essa visão se baseia em três princípios. Primeiramente, quando se está na vida, é preciso encontrar forças para lutar por ela e a morte elimina qualquer possibilidade de continuidade dentro da mesma perspectiva de antes. Pode-se falar, é claro, da continuidade espiritual, da prevalência das memórias que mantêm viva uma pessoa que se foi. Mas o fato é que a morte interrompe um processo, modificando as possibilidades e os rumos dos envolvidos. Por isso, a batalha entre pulsão de vida e pulsão de morte, coloca muitas vezes as duas em extremidades opostas, apesar da morte estar contida na vida e esta naquela.
O segundo ponto que nos faz temer a morte é o que vem depois dela. De todas as transformações, a morte é a mais definitiva e profunda, arrebatando nosso ser para uma realidade completamente desconhecida. Se há vida depois da morte... eis uma questão de foro íntimo, uma questão de fé e de percepção de vida. Da perspectiva da Terra, pura e simples, o que há na morte é a saudade e o encerramento de uma história. Se esse encerramento é uma passagem para um mundo diferente do nosso, nem todos conseguem se agarrar a essa esperança.
E finalmente, o último elemento que nos faz ter repulsa à ideia da morte é a dor. Em qualquer língua, em qualquer época, em qualquer história, dor é dor, e requer muito treino, paciência e aceitação para se tornar construtiva em nossa trajetória. A dor é uma violência para a alma e nos tira do patamar de compreensão que tínhamos até então para nos lançar ao estado do limbo, no qual não se pertence a mundo nenhum, pois a conexão com a realidade fica frágil.

PROCESSO DE LUTO

Quando se perde alguém violentamente, de modo repentino ou inesperado, quem fica permanece nesse limbo por um tempo indeterminado. É comum pessoas em processo de luto por morte abrupta serem tomadas por um estado de catatonia, semelhante a um morto-vivo, ou a um robô, que passa a agir no "piloto-automático", sem domínio ou vontade de controlar suas ações. Uma parte continua vivendo, pois entende ser necessário, mas a outra não está lá. A alma fica dividida e constantemente, o enlutado sente que morreu também e que sua história nunca mais será a mesma.
De fato, nunca mais será, pois a morte marca a alma. Entretanto, estamos na vida para sermos transformados a partir das experiência que o acaso (será?) nos propõe. A superação só se dá a partir de um longo processo e ela não significa esquecer, fingir que não aconteceu ou ainda não sentir dor quando lembrar. Superar significa apenas aceitar e continuar.
Mas como aceitar algo que não faz sentido? Algo que não vem com avisos, que não parece ter um por quê dentro da lógica do merecimento? Como aceitar a morte de alguém bom, que tinha uma vida enorme pela frente? E que o destino levou em segundos, sem nos ter orientado para aquele momento? Como continuar sem ter mais vontade de viver, sem ter um sentido que nos norteie?
DA DOR À ACEITAÇÃO
Podemos tomar como exemplo o caso recente do filho de Cissa Guimarães, de 18 anos, levado pelas circunstâncias de modo violento. Uma reação bastante comum inicial seria a de procurar culpados, alguém em quem se possa descarregar a dor. O fato é que isso, além de gerar novas dores, não traz a pessoa de volta. Alguns dizem que buscar justiça traz alívio. Entretanto, no caso de acidentes e não de crimes intencionais, culpabilizar alguém só agrava a situação.
Há fases no processo de aceitação de morte. A estudiosa Elizabeth Kluber-Ross, autora de vários livros sobre o tema, alerta que em geral, diante da morte qualquer ser humano passa por cinco estágios: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Esses estágios não necessariamente são subsequentes, podendo estar misturados e serem vividos ao mesmo tempo.
Negar é não poder ver e usar recursos para afastar a realidade que dói. Entre esses recursos temos uma infinidade de ações: acreditar que o morto ainda voltará, manter todos os objetos dele intactos, como se estivessem à espera do falecido, ou ainda negar a dor da situação, indo se divertir de modo desproporcional ao que o momento pediria, ou entregando-se a algum vício...
Ter raiva é querer culpar alguém. É procurar um responsável pela dor. Ter raiva é pensar que poderia ter sido diferente se o fulano não tivesse errado nisso, se o médico tivesse tentado aquilo, se a pessoa que ficou tivesse chegado minutos antes... A raiva não permite encarar o processo como algo que fugiu do controle, querendo devolver aos mortais o domínio do destino. A raiva é necessária para descarregar, mas é um esforço quase vão que nos liga ao passado.
Barganhar é tentar negociar com o destino. Fazer magia, fazer promessa, buscar psicografia. Esses recursos são importantes, mas ainda demonstram uma ligação com um passado que não se quer deixar ir. Ouvir uma palavra psicografada nãodeve ser um recurso proveniente de uma busca desesperada por contato, mas sim, algo que espontaneamente surge, se for essa a crença de quem fica.
A depressão é o último estágio antes da aceitação e não é por acaso. Quem se deprime está mais perto de ver as coisas como elas são e ver a devastação que a morte causou. O perigo desse estágio é o tempo de permanência. A depressão é a maior ladra da vida e por isso deve ser combatida quando o tempo é superior a seis meses e a intensidade tira o enlutado das atividades que o ligam à vida (trabalho, convívio familiar, convívio social, saúde, fé no futuro).
Finalmente, a aceitação é o processo que nos torna capazes de ver, tocar, falar sobre a morte e ao mesmo tempo, deixá-la ir para onde tiver que ir, longe de nossos domínios, de nosso controle racional. Deixar ir não significa esquecer, tampouco não sofrer nunca mais. Deixar ir é fazer as pazes com o tempo, com novas chances para quem ficou, com a única certeza de que absolutamente tudo muda e que é preciso se transformar junto com a vida e com a morte.

http://www.personare.com.br/vida-e-morte-lidando-com-o-luto-m780

AGUA é essencial a existência...


Inconsciente Numinoso Seminário Internacional de Biodanza


Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade,
tampouco sem ela a sociedade muda.
 
Paulo Freire

Em memória dos mortos de Santa Maria

Em memória dos mortos de Santa Maria

O barco não foi feito para ficar ancorado e seguro na praia. Mas para navegar, enfrentar ondas, vencê-las e chegar ao destino
28/01/2013
Leonardo Boff
Os antigos já diziam:”vivere navigare est” quer dizer, “viver é fazer uma viagem”, curta para alguns, longa para outros. Toda viagem comporta riscos, temores e esperanças. Mas o barco é sempre atraído por um porto que o espera lá no outro lado.
Parte o barco mar adentro. Os familiares e amigos da praia acenam e o acompanham. E ele vai lentamente se distanciando. No começo é bem visível. Mas na medida em que segue seu rumo parece aos olhos cada vez menor. No fim é apenas  um ponto. Um pouco mais e mais um pouco desaparece no horizonte. Todos dizem: Pronto! Partiu!
Não foi tragado pelo mar. Ele está lá, embora não seja mais visível. E segue seu rumo.
O barco não foi feito para ficar ancorado e seguro na praia. Mas para navegar, enfrentar ondas, vencê-las e chegar ao destino.
Os que ficaram na praia não rezam: Senhor, livra-os das ondas perigosas, mas dê-lhe, Senhor, coragem para enfrentá-las e ser mais forte que elas.
O importante é saber que do outro lado há um porto seguro. Ele está sendo esperado. O barco está se aproximando. No começo é apenas um ponto levemente acima do mar. Na medida em que se aproxima é visto cada vez maior. E quando chega, é admirado em toda a sua dimensão.
Os do porto dizem: Pronto! Chegou! E vão ao encontro do passageiro, o abraçam e o beijam. E se alegram porque fez uma travessia feliz. Não perguntam pelos temores que teve nem pelos riscos que quase o afogaram. O importante é que chegou apesar de todas as aflições. Chegou ao porto feliz.
Assim é com todos os que morrem. O decisivo não é sob que condições partiram e saíram deste mar da vida, mas como chegaram e o fato de que finalmente chegaram. E quando chegam, caem, bem-aventurados, nos braços de Deus-Pai-e-Mãe de infinita bondade para o abraço infinito da paz. Ele os esperava com saudades, pois são seus filhos e filhas queridos navegando fora de casa.
Tudo passou. Já não precisam mais navegar, enfrentar ondas e vencê-las.  Alegram-se por estarem em casa,  no Reino da vida sem fim. E assim viverão para sempre pelos séculos dos séculos.
(Em memória dolorida e esperançosa dos jovens mortos em Santa Maria na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013).

Livro Galactolatria: mau deleite de Sonia Felipe

Galactolatria: mau deleite, lançado nas redes sociais (Olhar Animal, Vista-se, Anda, Instituto Nina Rosa e nas páginas dos defensores dos animais), este livro é o primeiro trabalho de pesquisa, no Brasil, sobre as implicações – éticas, ambientais e nutricionais – da extração do leite bovino e seu consumo por humanos.

Nas mais de 300 páginas, com o mesmo rigor que caracteriza seus livros anteriores, a filósofa Sônia T. Felipe apresenta dados e informações às quais os galactômanos (consumidores de leite e laticínios) geralmente não têm acesso nos meios de comunicação, nos quais o leite é idolatrado. Esses dados foram coletados (ao longo dos últimos dez anos) de uma vasta bibliografia (médica, técnica e filosófica) reveladora da verdadeira natureza do que hoje se ingere com o nome de leite.

No capítulo 1, Galactoética, a autora aborda a ética animal, o sofrimento das vacas e vitelos que compõem o rebanho bovino feminino e infantil explorado pela indústria de laticínios, carne de vitelos, rações

pet e carnes de hambúrguer. No capítulo 2, Galactopoese, é tratada a composição natural do leite e feita a comparação dos leites de diferentes fêmeas, mostrando que cada espécie tem uma fórmula única de compor os nutrientes do leite destinado à alimentação dos respectivos recém-nascidos. No capítulo 3, Galactogenia, são abordadas a literatura médica contrária ao consumo de leite bovino por humanos em qualquer idade e as mazelas e doenças associadas ao seu consumo. No capítulo 4, Galactocracia, temos os dados, país por país, continente por continente, da extração do leite bovino ao redor do mundo. O capítulo 5, Galactoclastia, dá-nos a mostra da concepção ética abolicionista e vegana que norteia a decisão de muitos brasileiros de abolir definitivamente de sua dieta os derivados do leite animal. Ao longo dos cinco capítulos, a autora apresenta os dados do gasto de grãos, cereais e água potável ingeridos pelas vacas usadas para extração do leite, e o equivalente desse montante em dejetos deixados como pegada sobre o planeta por conta do consumo humano de laticínios.

Leitura indispensável a aos vegetarianos, veganos, ambientalistas, intolerantes ao leite, diabéticos, obesos, sofredores de câncer e de cardiopatias, professores, nutricionistas, terapeutas alimentares, políticos e àqueles que procuram alimentar-se de forma saudável sem descuidar das implicações ambientais e animais de suas escolhas dietéticas. Um livro que pode fazer de suas férias uma oportunidade de tomar ciência de suas escolhas alimentares.
Galactolatria: mau deleite é uma experiência intelectual e moral que retira do consumidor a inocência, garantida até aqui apenas pelo desconhecimento da real natureza de uma dieta fundada sobre produtos laticínios.

FELIPE, Sônia T.
Galactolatria: mau deleite. Implicações éticas, ambientais e nutricionais do consumo de leite bovino. São José: Ecoânima – Edição da Autora, 2012, 304 p. [Impresso em papel Reciclato, formato 16 x 23 cm].

Pedidos: galactolatria@gmail.com Preço R$ 45,00 + Correios.

ANEPS RS promove Curso de Reiki e Reflexologia

Em dezembro em Passo Fundo, aconteceu um primeiro encontro do Curso de Reiki e Reflexologia, onde já ficou programado o encontro que aconteceu nestes dias 25, 26 e 27 de janeiro de 2013 em Porto Alegre.
Esta é uma iniciativa da ANEPS -Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde.
Os cursos aconteceram ao mesmo tempo, mas em espaços separados e com momentos e vivências em conjunto, cirandas, meditações, corredor do cuidado no Parque da Redenção.
 
 
Foram iniciados no nível I do Reiki por Verinha e Edvan 16 pessoas ligadas as práticas complementares e integrativas, lideranças sindicais, servidores de instituições de saude e estudantes. Neste encontro Vanderléia Pulga fez suas primeiras iniciações como Mestra em Reiki, uma alegria pra todos nos estes momentos carregados de histórias que cada um impregnou com sua presença luminosa.
Em especial pude acompanhar por ser reikiana de nível II, iniciada novamente na linhagem de Edvan, os recem iniciados nos primeiros momentos  neste encontro receber o reiki após a iniciação e a primeira aplicação, comovente ver como a face da pessoa se transforma e se ilumina.
"REIKI,é a arte secreta de convidar a felicidade.”
Mikao Usui
Da ANEPS SC articiparam a nutricionista Etel Matielo e esta que vos conta das suas impressões sobre o encontro.
 
Os depoimentos das pessoas que participaram do curso de Reflexologia módulo I foi de entusiasmo com a técnica e de descobertas de perspectivas transformadoras de práticas de saúde e de ampliação da consciência.
 
O curso foi gratuito, com a contribuição de todos pra custos com alimentação, pudemos compartilhar alimentos que fazem parte de nossa prática alimentar, trocar receitas saudáveis e experiências divertidas refeições com sabores cheios de afetos.
 
Agradecemos a toda equipe da FEESSERS – Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS que nos acolheu em sua sede.
AbraSUS a organizadora Kelly Dandara Macedo e toda equipe que deu suporte pra que acontecesse este evento Lairton e Georgina estes queridos colegas da ANEPS/RS

Cláudia Regina Telles
Terapeuta Corporal e Reikiana de nível II
articuladora da ANEPS em Santa Catarina
 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ANEPS RS oferece Cursos de Reiki e Introdução a reflexologia

É com a alegria e a amorosidade que vem sendo a marca dos momentos de encontro de diferentes sujeitos individuais e coletivos que atuam no campo da educação popular em saúde, que estamos convidando você a fazer parte de mais um destes momentos.
Estamos num contexto em que conquistamos a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS! Retomamos o fortalecimento da ANEPS (Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular e Saúde) no Rio Grande do Sul com várias ações importantes, a participação no 3ºSeminário da Aneps, o fortalecimento do Curso de Promotores Populares de Saúde, o fortalecimento das iniciativas e práticas de educação popular e saúde junto aos movimentos sociais populares, nos serviços de sáude, nos espaços de formação; as Tendas Paulo Freire nos Congressos como da Enfermagem e da Abrasco em Porto Alegre, realização de cursos e oficinas, dentre outros.
Convidamos você a fazer parte desta caminhada através de sua participação em uma das ações importantes será a realização de um Curso de Reiki e de Reflexologia.
Atividades que acontecerão nos mesmos dias e no mesmo local de forma concomitante com públicos diferentes:
a) Curso de Reiki - 20 vagas
b) Curso de Introdução à Reflexologia – 25 vagas
Data: 25, 26 e 27 de janeiro de 2013
Local:Casa FEESSERS – Federação dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde do RS em Porto Alegre/RS
Critérios para participação: Compromisso com a construção do SUS público, da Aneps no Rio Grande do Sul, com a implantação de práticas populares de cuidado de forma coletiva.
Facilitadores (as) Mestres em Reike e Reflexologia: Vera de Azevedo Dantas (Fortaleza), Edvan Florêncio (Fortaleza), Vanderléia Pulga (Passo Fundo).
Investimento:As passagens cada participante poderá ver com sua entidade para um apoio. Estamos vendo se conseguiremos apoio para a alimentação, mas ainda não temos confirmação. Os custos com alimentação enviaremos informações posteriormente.
 
 
Atenciosamente,
Comissão Organizadora
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Att.,
Kelly Dandara Macedo

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

I Encontro Nacional de Estudantes em Defesa do SUS

Destaca-se a importância de um debate mais amplo, referente a formação em saúde, através de uma reflexão crítica e política dos futuros trabalhadores do SUS.

 Por conta disso, será realizado o I Encontro Nacional de Estudantes em Defesa do SUS, no dia 25 de janeiro, a partir das 13h, durante a 8ª Bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes), que ocorre de 22 a 26 de janeiro de 2013, na cidade de Recife e Olinda - PE.